Os Média na Formação à Distância
Neste texto aborda-se o impacto dos
meios de comunicação no desenvolvimento/aprendizagem e evolução dos alunos, tal
como a formação e ensino online. É abordado o isolamento existencial dos alunos,
a distância transacional versus a comunidade de ensino/aprendizagem (ensino com
mais pessoas) e o seu papel no ensino relativamente às necessidades existentes
perante a comunidade que permite a aproximação de alunos e de professores.
Santaro,
Borges e Santos (2004), indicam a existência de três principais funcionalidades
essenciais nos meios de comunicação que são: a coordenação, a cooperação e a
co-construção, as quais se refletem nos objetivos do grupo, sejam eles “comuns
ou partilhados” e nas prioridades individuais, onde o papel dos Media, para
além de ajudar a comunidade no seu desenvolvimento/evolução, é o de interação
durante todo o processo de conhecimento/aprendizagem, permitindo assim uma
conhecimento individualista e reduzindo a distância transaccional. Ainda, segundo Ally & Fahy
(2005), cada estudante no ensino online sente a distância transacional de
forma diferente, carecendo assim de várias ferramentas de interação utilizadas
pelos alunos e pelos professores que os apoiam nos estudos.
Vários
estudos demonstram que, no que se refere aos alunos que frequentam o ensino
presencial, alunos sensibilizados para compreender/aprender o que os professores
transmitem, os Média têm alguma importância. No entanto, verifica-se em menor
intensidade do que para o aluno do ensino online. Neste caso, espera-se que
este aluno tenha um maior grau de autonomia e controlo sobre o seu projeto de
aprendizagem, enquanto que no ensino tradicional o aluno é mais passivo e
depende mais do professor (Garrison & Cleveland-Innes 2005). Assim, para
que este tipo de ensino online tenha sucesso, o aluno tem de revelar maturidade,
usar corretamente os recursos técnicos disponíveis, assim como a liderança e
orientação do professor-moderador qualificado, tendo este uma postura de
observador/auxílio de modo a proporcionar uma aprendizagem colaborativa, ativa
e autónoma (Oliver & McLoughlin). Para esse tipo de aprendizagem é preciso
ter em conta que nem todas as pessoas aprendem de igual forma, possuindo maior
ou menor capacidade e competências de aprendizagem, maior ou menor grau de
autonomia ou autosuficiência. Pelo que os alunos do ensino online devem
entender as ideias e conceitos adquiridos assim como saber explicar essas
aprendizagens por escrito, sendo que a utilização que o aluno faz dos meios de
comunicação é mais importante do que o
papel do professor e, em termos de resultados
da aprendizagem do aluno, a experiência profissional do professor não importa tanto como a sua experiência com a tecnologia.
Saliente-se que, neste contexto, o professor deve
proporcionar ao aluno a quantidade necessária de estrutura e de diálogo online,
para que ele não se torne um ser solitário. Para o efeito deve manter a sua
interação estando disponível (Anderson, Rourke, Garrison, & Archer, 2001).
Bibliografia:
Fahy, Patrick (2008) “As características dos meios de aprendizagem
interactiva” - Texto disponibilizado na plataforma da UC.
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